A última geração da poesia romântica se inspira em Victor Hugo,
e traz um foco político e social. Na época, ideias abolicionistas e
republicanas vinham à tona, e junto com elas o desejo de se libertar do
Império. É a fase que prenuncia o Realismo, que viria em seguida, tanto é que
tem como foco a realidade social, a crítica à sociedade, a poesia liberal,
enfim, era o final do movimento romântico no Brasil. O condoreirismo se refere
à figura do condor, uma ave que tinha voo alto, assim como os poetas românticos
faziam em busca de defender seus ideais libertários.
Enquanto isso, na
prosa romântica, iniciava-se, de fato, a produção de prosa literária no Brasil.
Neste campo, o romantismo se dividiu por tendências, sendo elas:
- Romance
Urbano - ligava-se à vida social, principalmente no Rio de Janeiro,
descrevendo os tipos humanos encontrados naquela sociedade.
- Romance
Regionalista (sertanejo) - demonstrava atração pelo pitoresco e tinha como
principal característica a retratação da vida no interior do Brasil, seus
hábitos, seu modo de falar, etc.
- Romance
Histórico - tratou-se de uma revalorização do passado, trazendo ao romance
personagens da nossa história, retratando-os de modo nacionalista.
- Romance
Indianista - por fim, porém não menos importante, há o romance indianista,
que teve como maior representante o romancista José de Alencar, e como
característica a idealização do ínidio, como herói brasileiro, nobre e
valente.
Já em relação aos
aspectos formais, a literatura romântica é desvinculada dos padrões do
Classicismo, caracterizando-se pelo verso livre, sem métrica e pelo verso
branco, sem rima.
Características como
o subjetivismo e o sentimentalismo não podem ser separadas da estética
romântica, pois estiveram presentes em toda ela, tanto na prosa, quanto na
poesia.
Além destas, há
outras características tipicamente românticas, como o nacionalismo, o ufanismo,
a religiosidade, a evasão, a idealização da realidade e do ser amado, o
escapismo e o culto à natureza.
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